Nesta ficção, Amadis, figura quimérica e solitária, incorpora uma mescla de referências literárias e cibernéticas. Este semi-herói, que rouba o nome a ao protagonista do romance cavaleiresco medieval ibérico Amadis de Gaula, encontra-se perante um cenário aparentemente idílico – lugar último da existência virtual ocupado por personagens algo inesperadas, inspiradas na obra D. Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes.
Contextualizado num futuro próximo onde especula-se a simbiose entre o homem e o avatar, Amadis debate-se sobre a possibilidade de ter chegado ao paraíso.
Entre diálogos e monólogos frenéticos e de uma banalidade quase inconsequente, Amadis no Paraíso é uma peça que explora a virtualização da espécie-humana, das suas relações sociais, e de um espaço-tempo anacrónico, construído a partir do conflito entre personagens da literatura cavaleiresca ibérica e um concepção de sociedade hiper tecnológica.
A performance Amadis no Paraíso foi apresentada em dois formatos; na versão original, foi encenada e apresentada no Teatro Municipal da Guarda num formato exclusivo para palco, numa segunda fase foi adaptada para circulação em espaços expositivos em: Lisboa, Caldas da Rainha, Viseu e Faro.
Amadis no Paraíso
Encenação e Cenografia:
João Timóteo
Vítor Freitas
Intérpretes:
Ana Reis
Luis Elgris
Vitor Freitas
Som:
Lara Amaral
Luz:
Tiago Lopes
Figurinos:
Ana Direito
Luís Oliveira
Estreia: Teatro Municipal da Guarda
Circulação: Lisboa, Caldas da Rainha, Viseu, Faro
Co-produção: Teatro Municipal da Guarda - Aquilo Teatro
Fotos: João Azevedo
2020-2021
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